segunda-feira, 5 de abril de 2010

Restaurações e Facetas com Resina Composta

O que é Resina Composta?

 A resina composta é um material a base de sílica, da mesma cor dos dentes naturais, que tem a finalidade de restaurar estética e funcionalmente os dentes.
 Sua aplicação é bem ampla, podendo ser usado para mudar a forma dos dentes, restaurar dentes fraturados ( devido a traumatismos e descalcificações severas ), preencher cavidades provocadas pela cárie e minimizar imperfeições do esmalte dentário.
 É tido como um material restaurador com grande apelo estético por aproximar-se bastante das características naturais dos dentes, como: cor, textura, brilho, fluorescência e translucidez.
 A resina composta liga-se ao dente através de uma união micromecânica, ou seja, liga-se inicialmente a um sistema adesivo, que por sua vez, encontra-se ligado diretamente aos tecidos mineralizados do órgão dentário (esmalte e dentina).


Quais as vantagens das restaurações com Resina Composta?

 A principal vantagem é poder restaurar o dente de uma forma conservadora, ou seja, não requer desgaste de tecidos dentários sadios, remove-se apenas a cárie ou a restauração antiga, fora isso tem o fator estético.
 Já as restaurações metálicas precisam de cavidades maiores e retentivas e isso envolve desgaste desnecessário do dente.
 Outra vantagem é o fato da dureza da resina ser mais semelhante a do dente do que os metais. É comum ocorrer fraturas (pequenas e grandes) de dentes que apresentam grandes restaurações metálicas, pelo fato da alta rigidez dos metais.
 É possível fechar os espaços entre os dentes (diastemas) sem usar aparelho com restaurações de resina composta ou com facetas de resina, sem desgastar os dentes naturais. A Faceta de Resina é a aplicação de uma fina camada de resina composta sobre os dentes naturais para dar uma forma mais natural.

Qual a durabilidade de uma restauração?

 A durabilidade de uma restauração é bastante variada, depende dos fatores relacionados que vão, desde um diagnóstico correto, material adequado, técnica eficiente, e a manutenção da restauração (os cuidados do paciente). Uma correta higienização (por parte do paciente e profilaxias periódicas no dentista) é tão ou mais decisiva para a durabilidade de uma restauração do que os demais fatores. Ela pode durar alguns mêses ou até anos.

O dente fica sensível após ser restaurado?

Pode acontecer uma pequena sensibilidade no dia em que foi feita a restauração, principalmente no caso de cáries muito profundas. Porém, é uma sensibilidade totalmente passageira e o mais comum é o paciente não sentir nenhuma dor. No caso de persistir a sensibilidade, o dente deve ser reavaliado e uma nova conduta de tratamento deve ser realizada.

É possível trocar as restaurações metálicas por restaurações estéticas, ela pode ser utilizada nos dentes molares?

 Sim. Se o paciente possui exigência estética, as restaurações com Resina Composta (para restaurações de tamanho pequeno e médio) e os blocos de Resina Modificada e Porcelana (em caso de restaurações extensas) irão satisfazer plenamente o paciente.
 Desde que corretamente indicadas e realizadas, o sucesso e a durabilidade dessas restaurações estéticas só dependem dos cuidados do paciente quanto a higienização diária e a manutenção por meio de profilaxias profissionais no consultório dentário, assim como é necessário para qualquer tipo de restauração.
 O avanço da tecnologia faz com que a resina usada em restaurações dentais sofram modificações e melhora a cada dia que passa. Com estas evoluções as resinas vendidas hoje em dia são muito diferentes daquelas que eram usadas há algum tempo.
 Dentre estas inovações, estão:
- o fato das resinas, atualmente, poderem ser condensáveis,
- o efeito estético que as mesmas produzem são muito bons,
- o grau de dureza e resistência ao desgaste também está muito alto,  desde que realizadas com uma técnica ideal e ajustadas corretamente.
- o coeficiente de dilatação e contração, devido as variedades térmicas, está cada vez mais próximo do coeficiente dos dentes naturais.


terça-feira, 30 de março de 2010

A Cárie

O que é a cárie?

 A cárie é uma doença infecciosa que causa  a deterioração do dente. Ela é fortemente influenciada pelo estilo de vida do indivíduo. Acontece quando há a associação entre placa bacteriana cariogênica (espécie de película composta de bactérias vivas e de resíduos alimentares que se depositam sobre e entre os dentes), dieta inadequada e higiene bucal deficiente.
 Os adultos estão especialmente sujeitos a apresentar cárie quando sofrem de xerostomia (boca seca), uma doença causada pela falta de saliva.
 Apenas seu dentista pode dizer com certeza se você tem uma cárie. Isto porque elas se desenvolvem embaixo da superfície do dente, onde você não pode vê-las. Quando você ingere alimentos que contenham carboidratos (açúcar e amido), estes são digeridos pelas bactérias da placa, produzindo ácidos que corroem o interior do dente. Com o tempo, o esmalte do dente começa a fraturar por debaixo da superfície, enquanto a parte externa permanece intacta. Quando uma quantidade suficiente de esmalte sob a superfície já tiver sido destruída, a superfície se desmorona, expondo a cavidade de cárie.
 Se não for tratada, poderá destruir toda a estrutura do dente e os delicados nervos na sua parte central (polpa dental), o que pode resultar em um abscesso, uma área de infecção na ponta da raiz. Uma vez formado o abcesso, ele só pode ser tratado através do tratamento do canal, de cirurgia ou da extração do dente.


 Embora as cáries sejam mais comuns em crianças, adultos também estão sujeitos a elas. Os tipos de cáries incluem:
 Cárie coronária – o tipo mais comum que ocorre tanto em criança como em adultos, as cáries coronárias se localizam nas superfícies de mastigação ou entre os dentes.
 Cárie radicular - à medida que envelhecemos, as gengivas se retraem, deixando partes da raiz do dente expostas. Como não existe esmalte cobrindo as raízes do dente, estas áreas expostas se deterioram facilmente.
 Cárie recorrente - a deterioração pode ocorrer em volta das restaurações e coroas mal adaptadas existentes. Isto porque estas áreas tendem a acumular placa bacteriana.

Meus dentes podem ser pouco resistentes à cárie?

  Todos os dentes são mais susceptíveis à cárie quando erupcionam, pois ainda não estão com a calcificação completa. Isso só será um problema se houver acúmulo da placa bacteriana cariogênica sobre os dentes, pois esta permitirá que a lesão se inicie. Indivíduos que apresentam dificuldades na limpeza dos dentes devem ser supervisionados durante a escovação. Portanto, independente dos dentes serem mais ou menos resistentes, o importante é que a limpeza dos dentes seja realizada de maneira adequada.

Como posso saber se tenho cárie?

 A identificação das lesões de cárie pode ser feita através da visão direta dos dentes e do emprego do fio dental. Antes de observar a superfície dentária, há necessidade de remoção da placa bacteriana que a recobre. Portanto, você deve fazer o auto-exame após escovar seus dentes e em local bastante iluminado. Essa doença se estabelece antes de as cavidades serem vistas nos dentes. Portanto, procure alguma alteração de cor como manchas brancas ou acastanhadas na parte superior dos dentes (sulcos e fissuras) e entre os dentes.
 Em um estágio mais avançado da doença, as manchas podem evoluir para cavidades e os sintomas já começam a aparecer: dor quando mastigamos alimentos doces ou quando bebemos algo quente ou gelado, causando desconforto e mau hálito. O fato de o fio dental ficar preso entre os dentes também pode ser um sinal de lesão de cárie.

Como posso combater ou prevenir essa doença?

 Controlando os fatores que podem ajudar no aparecimento das lesões de cárie. Dentre esses fatores deve-se evitar em maior quantidade a ingestão de alimentos açucarados e de amido (doces, balas,  caramelos, chocolates, chicletes, refrigerantes, medicamentos líquidos e xaroposos e a ingestão de farináceos e salgadinhos).  Por outro lado, existem alimentos como o queijo e o leite que são considerados protetores dos dentes. Eles apresentam alto conteúdo de cálcio e fosfatos, que protegem contra a desmineralização do dente.
 Deve-se limpar os dentes de maneira adequada, utilizando escova, fio dental e creme dental com flúor.
 O flúor é um importante auxiliar no combate à cárie pois previne a desmineralização (saída de minerais do dente) e favorece a remineralização (entrada de minerais) em pequenas lesões de cárie (lesões de manchas brancas ou acastanhadas opacas), antes que elas se tornem cavidades. A limpeza deve ser realizada sempre após as principais refeições e antes de dormir.
 É importante visitar seu dentista regularmente para que ele possa, através do exame clínico, controlar sua saúde bucal e orientar sobre qualquer dúvida que possa surgir com relação à mesma.


terça-feira, 16 de março de 2010

Clareamento Dental a Laser



O que é clareamento dental a laser e como é feito?

 Um gel clareador à base de peróxido de hidrogênio na concentração de 35 a 40% é aplicado pelo dentista, sobre a superfície externa do dente e ativado por um tipo de laser de baixa intensidade, liberando moléculas de oxigênio e assim promovendo o clareamento.
 Através desta técnica remove-se manchas e pigmentações dos dentes, alojadas em sua camada interna, a dentina.
 O tratamento necessita de 2 a 3 sessões de clareamento. No máximo 1 hora cada.

Todos os dentes podem ser clareados a laser ?

 Sim podem.
 Nos dentes com coloração uniforme amarelada, amarronzada clara ou escura o resultado do clareamento é excelente.
 Porém, os dentes manchados de forma irregular, com coloração azulada ou que apresentam listas cinza escuras causadas pelo efeito das tetraciclinas, são mais difíceis de serem clareados.
 Não é recomendado o clareamento a laser em casos de má formação dentária (do esmalte, amelogênese imperfeita ou de dentina, dentinogênese imperfeita),  e em dentes que ficam muito escurecidos após o tratamento endodôntico. O resultado do clareamento não será satisfatório, sendo indicado outro tipo de tratamento estético, por exemplo uma faceta ou coroa de porcelana.

Há necessidade de algum cuidado quando é feito o clareamento a laser ?

 Sim. O produto clareador é lesivo à gengiva e antes da sua colocação, é aplicado na gengiva que contorna os dentes, um protetor gengival, fotoativado por luz alogênia.
 Durante e após o tratamento de clareamento é necessário, pelo menos durante 24 horas, evitar alimentos com corantes (café,vinho,coca-cola,etc...), porque o processo de oxigenação deixa durante algumas horas os canalículos do esmalte expostos, deixando-o poroso e propenso a absorver os pigmentos de alimentos, principalmente o do cigarro.

Restaurações, próteses e dentes implantados  podem ser clareadas a laser ?

Não, o produto clareador só clareia os dentes naturais; próteses e restaurações devem ser trocadas para melhorar a estética, após o clareamento.
Sobre os implantes, são colocadas próteses; portanto não podem ser clareadas.

Os dentes clareados podem escurecer de novo ?

Sim, em torno de um ano e meio a dois anos após o tratamento, geralmente os dentes escurecem um pouco, porém sem voltar ao seu tom original antes do primeiro clareamento, sendo necessário fazer uma sessão clareadora de manutenção.

Há desgaste ou pode enfraquecer os dentes quando é feito o clareamento a laser ?

Não. É uma técnica invasiva. A estrutura dentária é preservada e não enfraquece.

Quais as vantagens do clareamento a laser sobre o clareamento caseiro ?

Tempo menor de tratamento. A rapidez do resultado é evidente; ao término de cada sessão já se observa os dentes mais claros.
Traz comodidade, por não haver necessidade de um tratamento longo utilizando-se moldeiras, ocasionando possível inflamação gengival, sensibilidade dentária e sendo necessária a longa privação de alguns alimentos.
Conforto pós operatório, pois o laser não gera calor, portanto a sensibilidade pós operatória é menor ou inexistente. Não é um processo indolor.
Utilizando-se os produtos adequados, não há risco à saúde.
Não existe uma idade específica para fazer o clareamento.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Implantes Dentários



O que são implantes dentários?

 Implantes dentários osseointegráveis são parafusos confeccionados em titânio puro que podem ser colocados dentro dos ossos maxilares (maxila ou mandíbula), funcionando como fixação para diferentes tipos de próteses dentárias: de um único dente ou de vários dentes. Os implantes servem para substituir as raízes dos dentes, em situações de perda ou impossibilidade de aproveitamento destas.
 O titânio é um material usado em Ortopedia há muitas décadas. Simplesmente o titânio não sofre corrosão quando inserido no corpo humano e não apresenta fenômenos de rejeição imunológica.

Qualquer paciente pode receber implantes?

 Não existe limite de idade: a partir da puberdade, qualquer paciente em bom estado geral (que não apresentem doenças de ordem médica) pode receber implantes dentários. Alguns fatores podem influenciar no sucesso do tratamento, como, por exemplo, o fumo e a diabetes, devendo ser avaliados previamente. O procedimento de implantação oral é um ato cirúrgico e uma adequada avaliação é necessária antes de qualquer cirurgia bucal.

Por que alguns pacientes precisam de enxertos ósseos?

 Quando não houver espessura e altura óssea suficientes para acomodar os implantes a necessidade de enxertos ósseos é necessária. Eles podem ser feitos em uma cirurgia prévia à implantação e, nesse caso, os implantes serão colocados após um período de cicatrização óssea de 6 a 12 meses. Quando possível, o enxerto é realizado na mesma cirurgia de colocação dos implantes.
 Esses procedimentos são relativamente novos, ainda não suficientemente testados, e só devem ser empregados em casos absolutamente necessários, com total conhecimento de todos os riscos e custos por parte do paciente.

É preciso realizar algum tratamento antes de colocar os implantes?

 Em alguns casos sim. Deve-se eliminar qualquer processo infeccioso pré-existente na cavidade oral, ou seja, tratamento periodontal (gengival), extração de dentes com focos de infecção bem como tratamentos endodônticos (canais) devem ser realizados anteriormente à implantação. Todos esses aspectos fazem parte de um planejamento inicial realizado pelo profissional, que deve ser discutido abertamente com o paciente, antes do início do tratamento.

Dói muito para colocar os implantes?

 Não. Obviamente trata-se de um procedimento cirúrgico e um certo edema (inchaço) é esperado, especialmente nos primeiros 5 dias pós-operatórios. O edema é tanto maior quanto maior o porte da cirurgia. Existem medicações específicas para o controle da inflamação pós-operatória, assim como antibióticos (remédios que combatem infecção) e analgésicos, que o cirurgião poderá prescrever em caso de necessidade.

Quanto tempo demora o tratamento?

 Depende de cada caso. Após a colocação, os implantes permanecem em repouso por um período que varia de 2 a 6 meses, para que ocorra o fenômeno biológico da osseointegração (união direta do titânio ao osso), após o qual os implantes são descobertos e uma prótese dentária é conectada ao implante por meio de uma parte secundária denominada “abutment” ou pilar. Em alguns casos específicos, a prótese pode ser instalada já no dia da cirurgia de implantação.

Existe perigo de rejeição?

 Não. A taxa de sucesso dos implantes osseointegráveis é alta, havendo diversos estudos científicos comprovando sua eficácia, mesmo após muitos anos em função mastigatória.
 Existe, porém, uma possibilidade pequena de perda do implante (não ocorrência da osseointegração), em torno de 2 a 3% dos casos, normalmente logo após o período de repouso pós-implantação. Nesses casos o implante é removido facilmente, podendo um novo implante ser recolocado no local.

A prótese é colocada imediatamente após a cirurgia?

 Para os casos de próteses totais, elas são colocadas 3 ou 4 dias após a cirurgia e, em casos de próteses parciais, muitas vezes, não fica nenhum dia sem a prótese. Quase sempre são próteses provisórias, sendo substituídas depois de alguns poucos meses pelas definitivas.

A prótese fixada por implantes é melhor que as convencionais "ponte móvel" e "dentadura"?
 A exemplo das próteses fixadas sobre os dentes, as fixadas sobre os implantes têm como maior vantagem não se soltarem durante a mastigação, propiciando maior conforto, segurança e eficiência.

Os resultados estéticos são bons?

 Expectativa demasiada é comum mas, normalmente, é sucedida de uma certa parcela de frustração. Em muitos casos, a solução estética é apenas aceitável.
 Todas as próteses fixadas ou não sobre os implantes não são como os dentes naturais. 0 melhor é pensar nas vantagens funcionais.

Quanto tempo dura um implante? Qual a chance de dar certo?

 Pode-se afirmar que 95% dos casos, se os implantes não forem perdidos nos dois primeiros anos de uso, durarão toda a vida. Estudos demonstram que implantes de boa procedência apresentam taxas de sucesso acima de 90% no maxilar superior e, 97%, no inferior.

Como devo cuidar dos implantes após o tratamento? Podem existir complicações relacionadas aos implantes?

 Os implantes, assim como os dentes e gengivas, têm de ser muito bem limpos, utilizando-se os dispositivos (fio dental e escova) recomendados pelo seu cirurgião-dentista.
 A principal complicação biológica é a periimplantite (doença que acomete o osso e a gengiva ao redor do implante).
 As complicações biomecânicas mais freqüentes são a fratura ou o afrouxamento dos pequenos parafusos que prendem as próteses. Fraturas de implantes podem ocorrer, embora sejam mais raras.
 O mais importante é o comparecimento regular do paciente às consultas de manutenção para prevenir ou diagnosticar precocemente qualquer alteração.